Olá amigos e amigas...hoje falaremos de uma terrível pandemia que atingiu praticamente todo o planeta e matou entre 20 e 100 milhões de pessoas em um período de dois anos. Entre 1918 e 1919 a epidemia de Gripe Espanhola matou mais pessoas do que qualquer guerra que já tenhamos presenciado. No Rio de Janeiro, morreram 17 mil pessoas em dois meses. Os familiares, desesperados, jogavam seus mortos na rua com medo de contrair a letal doença.
A influenza espanhola era mais severa que a gripe comum, mas tinha os mesmos sintomas iniciais como garganta dolorida, dor de cabeça e febre. Mas comumente em muitos pacientes a doença progredia para algo muito pior do que espirros. Calafrios intensos e fatiga vinham acompanhados de fluido nos pulmões. Se a gripe passava do estágio de pequena inconveniência geralmente a pessoa já estava pré-destinada a morrer.
Hospital militar no Kansas, fim de 1918
Tudo o que os médicos podiam fazer na época era deixar seus pacientes o mais confortáveis possível. A cor azulada na pele dos doentes evoluía para marrom ou roxo e seus pés ficavam pretos. Os “sortudos” se afogavam com o fluído nos pulmões. Os outros desenvolviam pneumonia bacteriana e agonizavam de uma infecção secundária. Como os antibióticos ainda não haviam sido inventados essa doença também não podia ser tratada.
O início da mortal pandemia
Durante o mês de Março do ano de 1918 a Primeira Guerra Mundial transcorria deixando um rastro de morte e destruição, mas um inimigo mais letal que armas e gazes estava a espreita, um vírus mortal que ainda hoje desperta a curiosidade e o temor da comunidade científica.
Todos os países tiveram surtos, na Espanha 8 milhões de pessoas ficaram doentes, incluindo o rei Afonso XIII. A maioria dos países não admitia o surto que estava acontecendo (esse é um dos agravantes para uma estimativa mais exata no número de mortos), já que isso implicava em soldados fora de combate. A Espanha que até então estava neutra na guerra não escondeu o que se passava, e a gripe que era chamada de gripe dos 3 dias começou a ser chamada de gripe espanhola. Assim como ela apareceu, rapidamente ela sumiu.
O segundo ataque da gripe mortal
Os acampamentos militares, cheios de jovens soldado dividindo dependências precárias nos campos de combate foram atacados em cheio.
Números da gripe Espanhola
Enquanto uma gripe normal mata menos de 0,1% dos doentes, essa matava até 2,5%. Pode parecer pouco, mas com pelo menos 25% da população americana doente, o estrago foi enorme, mais de meio milhão de mortos. Essa é a diferença principal. Enquanto o Ebola mata até 90% das pessoas, infecta poucos, já essa gripe infectou tantos que deve ter matado entre 20 e 100 milhões de pessoas. Para se ter uma ideia, a 1ª Guerra Mundial matou cerca de 9,2 milhões em combate, 15 milhões no total, a 2ª Guerra Mundial matou 16 milhões de pessoas.
Algumas tribos esquimós foram varridas do mapa pela gripe espanhola. Faltavam caixões para enterrar as pessoas, e em muitos lugares os velórios eram limitados a minutos, tamanha a procura.
Até hoje não se sabe como a doença se espalhou tão rápido, em questão de dois meses o mundo inteiro foi atingido, e em muitos casos cidades distantes tinham surto ao mesmo tempo, enquanto as cidades vizinhas podiam levar semanas para serem atingidas.
O fim do surto
Em Fevereiro de 1919 inicia-se o terceiro surto da gripe, que durou até Maio de 1919, quando a gripe começa a desaparecer, de maneira enigmática e misteriosa. A gripe surgiu do nada e sumiu da mesma forma intrigando os especialistas da época e gerando inúmeros estudos, e teorias, mesmo nos dias atuais. Uma das teorias mais aceitas é de que os três surtos da gripe tenham representado diferentes estágios da evolução da mesma, sendo que o fim da epidemia teria acontecido depois de a gripe sofrer sua ultima mutação, e esse estado não seria um estado tão mortal para o ser humano.
Fonte: http://www.noitesinistra.blogspot.com.br/2014/02/a-terrivel-gripe-espanhola.html#.UvOnWfldVqU
0 comentários: